domingo, 17 de abril de 2016

continue a nadar

chega um momento da vida que a gente nunca sabe qual caminho escolher e prefere optar por caminho algum. acaba vivendo a inércia como verdade, acima de tudo e todos. e para quem gosta de mar, ver a onda quebrando, trazendo e levando, acalma e dá sentido à palavra esperar. aquelas flores brotaram, brilharam ao sol, caíram com o fim da tarde e os anseios se espremiam entre um acreditar e outro. e como a vida é uma caixa de pandora, a gente sabe que a surpresa sempre vem. por isso, mesmo depois de tantos tropeços, chacoalhões, passos largos, conversas miúdas e sorrisos fracos, fui rendido. fui. pisando em ovos. mas, me deixei ir. porque no fim, é assim que a banda toca. você perde o fôlego, coleciona borboletas no estômago, vive intensamente, não dá certo, acaba, sente a perda, junta o que ficou de bom, joga fora o pior e se reconstrói. a única sensação que fica é a de não deixar o coração dilacerar, com a mesma vaidade e insistindo no pudor. balela, minha gente! se estiver com calor, pula na água. molhar os pés não vai aliviar. a gente pode entrar pela beirada, sem problemas. mas, se não tiver a intenção de mergulhar, não aceite o convite para nadar.

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